Os mecanismos de defesa são estratégias psicológicas inconscientes utilizadas para proteger o ego de conflitos internos, ansiedade e sofrimento emocional. Dentro da psicanálise, os mecanismos de defesa psicológicos foram amplamente estudados por Freud e sua filha Anna Freud, que classificaram diferentes tipos de mecanismos de defesa.
Entre os mecanismos de defesa segundo Freud, o mais clássico é a repressão, na qual conteúdos dolorosos são empurrados para o inconsciente. Já a projeção, outro mecanismo fundamental, faz com que a pessoa atribua ao outro sentimentos ou impulsos que não reconhece em si mesma. A racionalização opera quando o indivíduo cria explicações lógicas para justificar comportamentos ou emoções desconfortáveis. A identificação, por sua vez, ocorre quando a pessoa adota características de alguém que admira ou teme, como forma de lidar com inseguranças internas.
Esses mecanismos não são “defeitos psíquicos”; são modos naturais de funcionamento.
Porém, quando usados em excesso, podem distorcer a realidade e gerar dificuldades nos relacionamentos, na autoestima e na saúde mental. Reconhecer e compreender esses processos é parte essencial de um trabalho terapêutico profundo.