Foi na loja de conveniências que encontrei meu grande amor. O meu amor estava bem vestido/embalado, parecia custar caro para conquistar/comprar, mas como eu estava na promoção, quem me levou foi ele. Eu o paguei com conversas baratas e boas aparências, e ele com hipocrisias enlatadas.
Preocupavamo-nos muito com o que os outros clientes da loja pensariam de nós. Se nos encaixavamo-nos no cardápio da loja, se eramos desejados e invejados, se nosso marketing de casal demonstrava um par feliz e bem comercial, para saciar os nossos potinhos de ego. Nosso namoro era alimentado todo o dia, por kilos de soberba, gramas de inveja, litros de superficialidade, toneladas de aparências, entre outros enlatados.
No final, a nossa divida no cartão de credito da vida se tornou impagável. Nao cabia renegociação, pois o cartão da vida só aceitava sentimentos REAIS para pagamento.
Quando os nossos sentimentos estão convencionados a “interesses” eles deixam de ser genuínos e sim condicionados. Lembre-se o amor verdadeiro não pode ser enlatado.